Motim

10 de nov. de 2010


"Estou de saída
e que ninguém me siga.
Quero falar sozinha,
chutar a sombra,
cuspir no prato.
Rasgar a censura,
perverter a seita,
maldizer o gato.
Reduzir a etiqueta em pedaçinhos,
desembarcar onde o lugar é descaminho,


esquecer o bicho em extinção.
Sem pedir permissão
quero ficar comigo
e, se for preciso, me ponho de castigo."


Flora Figueiredo



(imagem: Brent Lynch)

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