Deixei o Chápeu hoje..

26 de out. de 2011


Hoje vou compartilhar com vocês um texto que recebi por email de uma amiga, achei interessante e muito bom para uma bela de uma reflexão.
Serotonina x Depressão

Extraído de uma palestra realizada na Stanford University em Palo Alto, Califórnia, acerca da conexão Mente-Corpo:  
O palestrante (Chefe da Psiquiatria da Stanford) afirmou, entre outras coisas, que uma das melhores coisas que o homem pode fazer pela sua saúde é estar casado com uma mulher.
Já para a mulher, uma das melhores coisas que ela pode fazer pela sua saúde é nutrir a sua relação com suas amigas. Na hora, todos os presentes deram risada, mas ele falava sério.
As mulheres se conectam de forma diferenciada e oferecem sistemas de apoio que ajudam a lidar com o estresse e experiências de vida adversas. Este tempo com as amigas nos ajuda a criar mais serotonina, um neurotransmissor que ajuda a combater a depressão e que pode vir a criar um sentimento de bem estar geral.
As mulheres compartilham seus sentimentos e os homens muitas vezes formam suas relações a partir de suas atividades. Eles raramente sentam com um camarada e discutem como se sentem sobre determinadas coisas ou sobre o andamento de sua vida pessoal.
Trabalho? Sim. Esporte? Sim. Carros? Sim. Pescar, Caçar, Golfe? Sim. Seus sentimentos? Raramente.
As mulheres fazem isso o tempo todo. Nós compartilhamos a nossa alma com nossas amigas, irmãs/mães e evidentemente isso faz bem à nossa saúde.
O Professor palestrante disse que passar o tempo com um amigo é tão importante para a nossa saúde quanto o exercício físico. Existe uma tendência de se pensar que quando estamos nos exercitando estamos fazendo algo de bom para o nosso corpo, mas que quando estamos com nossos amigos estamos 'jogando conversa fora' e desperdiçando nosso tempo, o que não é verdade.
Então, toda vez que vocês estiverem se divertindo na companhia de uma amigona se parabenize porque você está fazendo bem à sua saúde!
Ao ler o texto fiquei pensando se autêntico ou não, não deixa de ser uma grande verdade.
Qual é o mal do século? Depressão, solidão, pessoas cada vez mais afastadas, não se fala com o vizinho, não se sai no portão à toa com medo de assalto, entra-se no carro tranca-se os vidros e vai naquele trânsito infernal, olha-se para o caro ao lado já xingando, ninguém pensa num Bom dia! Se abrir a boca é para falar mal, reclamar, sozinhos pois estamos falando conosco, ninguém ouve estamos todos trancados.
Temos tantas coisas, Face book, Hotmail, Twitter, celulares, e etc. O telefone mesmo, nem se usa, tudo é por mensagem.
Torpedo da filha, da mãe, da amiga ou então teclamos no Hotmail se tivermos tempo, caso contrário é mais fácil deixar um recado no Face.
Bom nossos amigos na maioria, hoje são virtuais, os antigos amigos, aqueles de infância, adolescência ou que conhecemos quando tínhamos os filhos na escola, aqueles que nos telefonavam, porém na maioria das vezes era pra dizer:
Estou indo aí pra tomarmos um café ou venha até minha casa jogar conversa fora, hoje são virtuais. Muitos a gente até quando atende ao telefone não reconhece a voz, só teclamos, a cam, que já foi uma febre nem se usa mais é obsoleta, sabemos a fisionomia se a pessoa colocar sua foto no perfil, mas de quando foi a foto? E quando colocam um bonequinho?
Um dia encontraremos um amigo na rua e vamos dizer:
- Nossa como você está diferente, quase não reconheci, também pudera ninguém se vê, ninguém se fala.
Somos obrigados a ter Face, E-mail, Twitter, celular senão corremos o risco de ficar sozinhos realmente, mas já não estamos? Porque se estar em frente a uma tela, teclando com alguém já não é estar sozinho? Para que boca, pra comer acho, pois nem abrimos, sabemos se alguém está triste, pois vem um bonequinho chorando, se alegre um pulando e beijos abraços todos na telinha.
Agora me diga uma coisa, porque será que a depressão e a solidão é o mal do século?
Falamos com as pessoas, ou melhor, escrevemos, mas e aqueles gestos que fazemos enquanto contamos nossas coisas, aquele olhar que brilha ou que escurece quando realmente estamos frente a frente, aquele abraço reconfortante ou de carinho?
Bom você tem amigos e amigas? Eu tenho?
Claro, muitos e muitos cada vez mais, aliás, minhas amizades já romperam as fronteiras, tenho amigos em toda parte do mundo hoje, e todos são VIRTUAIS, mas são amigos.
Ah tem mais um detalhe, nossa família também já está quase virtual também.
Então vamos na academia fazer exercícios, não se esqueçam da serotonina, colocamos um fone no ouvido e pedalamos, corremos e depois voltamos pra casa satisfeitos. Missão cumprida, minha saúde está em dia não estou me descuidando, pois é.
Será que por causa disso que tem mais e mais terapeutas, psiquiatras e médicos especializados em transtornos dos mais diversos gêneros e graus? Se eu soubesse teria me formado nessa área, pelo menos ia ouvir e ver pessoas falando e falaria também e com certeza essas não seriam virtuais seriam de carne e osso e eu podia olhar e ver alguém de verdade na minha frente.
Que depressão e solidão o que, tem tanta coisa para se fazer nesse imenso universo de telas e teclados.
Tô na cama de pijama mesmo, o chapéu está do lado, então tanto faz.
PS: eu faço uso do face book, tenho msn, tenho e-mail, mesmo porque são ferramentas que nos ajudam a encurtar distancias dos amigos que foram pra longe, de familiares que moram do outro lado do mundo e até consegui reunir pessoas da família que ao longo dos anos perdemos contato, eu, por exemplo, moro em São Paulo, mas toda a família ficou no Rio só meu pai veio. No decorrer desses anos todos, quantos primos eu nem cheguei a conhecer, e se não fosse esses mecanismos de busca jamais teria encontrado, meus filhos não conheceriam também e até achar uma tia que foi morar nos Estados Unidos e só depois da tecnologia é que encontramos e conhecemos nosso primo.
Não sou contra a modernidade e acho maravilhosa, eu só penso que, tudo na vida tem que ser dosado, tem que ter bom senso, a gente vai se acostumando e daqui a pouco está teclando com o vizinho, não considero saudável que chegue a esse ponto, é minha opinião, "minha verdade e não a verdade."

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