Tanto faz o que... Fui buscar meu chapéu.

30 de out. de 2011


Hoje pensando muito em todos os acontecimentos da minha vida, refleti muito e cheguei à conclusão que não sou diferente de ninguém. Eu tive Síndrome do Pânico, já comentei aqui sobre essa fase. Mas estou sempre lendo a respeito de todos os tipos de transtornos, pois uma vez que você teve algo, sempre acharão outro. Ninguém pede um exame médico completo, pra ver a quantidade de Lítio que você tem no organismo, (eu fiz mesmo sem o médico ter pedido, não era burra), aliás, milho é fonte de lítio e deveríamos comer pelo menos duas vezes na semana, mesmo que você não tenha nada o lítio é importante para organismo como a vitamina “C” e etc... Problemas de tiróide, problemas hormonais e por aí vai, existem muitos exames além do apenas o clínico, que pode ajudar e muito inclusive neurológicos. Com tudo isso em mãos, o médico então pode avaliar não só pelos sintomas físicos, pelos pensamentos que a gente descreve que passa inesperadamente pela nossa mente, por conta disso não servir de cobaia de quantidade e tipos de medicamentos, como fui, mas também por conta de estar de posse de todas as possibilidades em mãos o tratamento durar menos tempo.
Tive pânico sim, mesmo porque os sintomas são muito bem definidos.
Hoje achei outro site, que eu havia guardado o endereço que fala sobre tudo isso, explica bem todos os tipos de transtornos, causas, sintomas, que tipo de medicação é mais indicado, tempo de duração, sobre ansiedade, personalidade e muitas outras coisas. Eu achei um site quase completo que todos deveriam ler inclusive quem nada tem, e se tem de para os familiares lerem, é importantíssimo à família entender porque na maioria das vezes somos só doidos ou não temos o que fazer disso eu sei muito bem.
Eu não tinha o que fazer... Ouvi muita gente falar na época, só que se esqueceram de que eu tinha uma casa enorme e dois filhos pequenos pra criar, sem empregada, uma criança que era alérgica e só comia cereais, outra normal que morria de ciúmes do irmão porque achava que pelo simples fato de fazer toda a comida separada e correr ao pediatra várias vezes com a ele, na cabecinha dela ele era importante e ela por ser mais velha e graças a Deus muito saudável, se sentiu rejeitada.
Eu não tinha mesmo o que fazer sabe, pois eu passava o dia a toa dirigindo pra cima e pra baixo, entre lavar roupa e passar, eu cozinhava arrumava a lancheira, dava medicação, banho, trocava, levava a mãe no médico que sempre teve problemas e só eu dirigia, socorria o vizinho, os sobrinhos, tinha que preparar o jantar deixar a casa impecável porque a alergia além de tudo também era de poeira, cuidava da filha da vizinha, ela também me ajudava. Também tinha dentista, tinha visitas, amigas que vinham tomar um cafézinho, um marido que trabalhava e estudava, inclusive aos sábados pela manhã e no domingo tinha o futebol com os irmãos.
Arrumei um cachorro, pois o médico disse que de tanto o menino ter vontade de ter um à alergia dele piorava, pois o emocional abala, então lá vou eu de cão e limpa mais ainda, e na época das vacas magras, aliás, sempre foi à vaca que mais me visitou, eu fazia tudo sozinha.
Quando estavam maiores, a rotina era a mesma, mas só de não ter que dar banho, preparar lanche já me adiantava muito o tempo eu então bordava ponto cruz, fazia tapete arraiolo, fazia tricô, crochê, tudo isso com medicação, claro que mais leve, mas com medicação.
Resolvi aprender pintura, fiz de porcelana, de óleo sobre tela, tudo isso nos intervalos em que eu não tinha que levar na escola, buscar, levar no dentista, no ortodontista... Deu pra notar que levantava as cinco e dormia às duas da manhã, mas não tinha o que fazer viu?! Por isso tinha pânico, ou chilique, crise nervosa, frescura e coisa e tal. Por isso eu acho que é muito importante a gente ler e pedir que a família e até amigos leiam, pois perdi muitos amigos porque a gente se torna uma pessoa rotulada como doente pelo simples fato de tomar medicamentos de tarja preta, de ter momentos de crises e não conseguir sair de casa e etc...
Vou colocar aqui um trecho que achei muito bom e que quando li voltei no tempo, porque foi exatamente assim comigo, duvido que você também não ia correndo buscar um chapéu. 


Aos parentes
 Dr. Rodrigo Marot - Psiquiatra
Frequentemente os pacientes com pânico sofrem muito duas vezes, a primeira por causa dos ataques e suas consequências e a segunda por causa da incompreensão de que são vítimas. Como médico canso-me de ouvir de meus pacientes que seus filhos, pais, conjugues criticam-no por causa das crises achando que são frescuras, que está na verdade precisando apanhar...!!!??? É verdade, a primeira coisa que os parentes têm que fazer é compreender, aceitar e apoiar os pacientes. O transtorno do pânico é uma doença como outra qualquer, o paciente não escolheu tê-la, nem pode evitá-la.
Aqui estão algumas recomendações às pessoas que convivem com quem tem pânico:
-Nunca diga:
-Relaxe acalme-se...
-Você pode lutar contra isso...
-Não seja ridícula (o)!
-Não seja covarde!
-Você tem que ficar (quando o paciente quer sair de onde está)
Recomendações
1. Não faça suposições a respeito do que a pessoa com pânico precisa, pergunte a ela.
2. Seja previsível, evite surpresas.
3. Proporcione a quem sofre de pânico a paz necessária para se recuperar.
4. Procure ser otimista para com quem em pânico, procure aspectos positivos nos problemas.
5. Não sacrifique sua própria vida, pois acabará criando ressentimentos.
6. Não entre em pânico quando o paciente com pânico tiver um ataque.
7. Seja paciente e aceite as dificuldades de quem tem pânico, mas não se conforme como se ela (e) for uma inválida (o).
Entrem no site, lá você encontra explicação sobre tudo o que imagina, tudo muito bem explicado inclusive sobre o melhor tratamento e o intuito do Dr. Rodrigo Marot é para que não só os leigos mas também profisionais possam usufruir das experiências. Eu já vi que vou ler muito pois fala até de personalidade, é completo.

2 Palavra(s) amiga(s):

  1. Bom Dia Elaine!Vim logo cedo ler as novidades no seu Blog,antes que a Dita incorpore.Depois de ler ,e é tudo verdade,não apenas "a tua" verdade.Temos ,nós seres humanos, a mania de rotular o que não entendemos.O que foge a nosso compreensão.Talvez seja realmente o mal dos tempos,a depressão,pânico e muitas outras coisas.Vou seguir a sua dica do site.Grande Ealine você está revolvendo as tuas terras!

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